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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Marcos Valério promete detalhar e mostrar documentos sobre corrupção envolvendo Aécio Neves



Preso há quase cinco anos, o publicitário Marcos Valério tem o maior interesse de que sua delação premiada avance nas negociações com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. A possível colaboração de Valério preocupa o senador Aécio Neves (PSDB), sobretudo por abranger o período em que o tucano governo o estado de Minas Gerais, e alguns de seus aliados.

Interlocutores afirmam que a delação do publicitário atinge políticos de diferentes partidos, mas que ela tem um foco especial sobre Aécio e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG). Em tentativas passadas para firmar delação, Valério reiterou a delação do ex-senador Delcídio Amaral, na qual Aécio é acusado de pedir mais prazo, na CPI dos Correios, para que fossem entregues as informações do Banco Rural para maquiar documentos.

Aécio Neves teria dito, na sede do governo de Minas Gerais, que o tempo extra foi uma estratégia para “maquiar” os dados do Banco Rural que “atingiriam em cheio as pessoas de Aécio Neves e Clésio Andrade, governador e vice-governador de Minas Gerais (na época)”.

Segundo o juiz Wagner Cavalieri, titular da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Contagem, que participou do processo de transferência de prisão de Valério, o publicitário é “possuidor de inúmeras informações de interesse da Justiça e da sociedade brasileira sobre fatos ilícitos diversos que envolvem a República”. Como cita políticos com foro privilegiado, o acordo aguarda homologação do STF.

No foco de Marcos Valério estaria o mensalão tucano mineiro, quando recursos de estatais teriam sido supostamente desviados para a campanha à reeleição do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB). A proposta de delação havia sido rejeitada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG),

Valério e o Mensalão tucano PSDB

O mensalão mineiro envolve denúncias de peculato e lavagem de dinheiro durante a campanha à reeleição do governador Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998. Um dos fundadores do PSDB e ex-presidente da legenda, Azeredo já foi condenado em primeira instância à pena de 20 anos e 10 meses de prisão. Ele entrou com recurso no TJMG e aguarda o julgamento em liberdade.

Marcos Valério é apontado como operador desse esquema. O publicitário já está preso por ter sido condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, no qual foram condenados políticos do PT, PMDB, PP, PTB e do extinto PL. Valério cumpre pena de 37 anos pelos crimes de corrupção ativa, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

O publicitário também é réu em processo da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. Ele é acusado de lavagem de dinheiro.

1 Comentários:

redomona disse...

E DELATANDO OU NÃO O QUE FARÃO COM O DROGADO? NADA?

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