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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Banco dos Brics demite brasileiro que escreveu que impeachment foi golpe



O Banco dos Brics comunicou nesta quinta-feira (12) a demissão do economista brasileiro Paulo Nogueira Batista Jr. da vice-presidência da instituição.

Segundo porta-voz do NDB (New Development Bank), o desligamento foi decidido pelo conselho de administração do banco, formado pelos ministros das finanças dos cinco países membros (Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul).O afastamento ocorreu após a abertura de processo que questionava a violação do código de conduta de executivos do banco, que proíbe a manifestação de opinião sobre a política interna dos países membros.

Há cerca de dois meses, provocado por Temer, o banco abriu um processo disciplinar para investigar Batista Jr. O principal motivo foram artigos publicados pelo economista.

 Batista Jr. chegou à vice-presidência do NDB por indicação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele também foi representante do Brasil no FMI (Fundo Monetário Internacional) durante a gestão da petista.

Nos anos 1980, foi secretário especial do Ministério do Planejamento, na gestão de João Sayad, e assessor para assuntos de dívida externa do Ministério da Fazenda, sob Dilson Funaro (1986-87).

Em abril do ano passado, em artigo em "O Globo", Batista Jr. afirmara que o processo que levou ao impeachment de Dilma foi um golpe.

A gota d'agua, segundo apurou a Folha, foi um artigo publicado em julho em que atacou o juiz Sérgio Moro, sem nomeá-lo, por ter decidido pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sobre a sentença, o economista escreveu:

"É difícil encontrar um documento que sintetize de forma tão perfeita o nosso quadro de decadência moral, intelectual, profissional e política. O juiz bateu recordes de desfaçatez". Na Folha

1 Comentários:

Walter Regis disse...

Desejo parabenizar o Sr. Paulo Nogueira pela sua coragem em expor suas impressões. Orgulho de ver!

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